Topou no meu calo
No nervo latente
Da minha carência
Um transeunte
Um cálice envenenado
Soltou-me um latido
Preso no corpo
Dormente
Quente
E enveredado
E mordeu minha boca
Na altura dos dentes
Agarrou-se aos batentes
À janela, ao manto,
E enrolou nas minhas pernas
Encarnou minhas fendas
E o canto, e o canto,
Das vozes amenas
Levando as gangrenas
Na seiva escorrendo
Dos braços, das mechas,
E as brechas soltando
Mostrando as veias
Do ente encravado
Em virtudes obscenas
Nos corpos lacrados
Desalgemados
Abraçados à noite plena...
E sou novamente passante,
Tratante apenas,
Um corpo errante
Entre novenas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário