Notas que oscilo
Em tons que vaciloUm vibrato acidental.
A câmara é obscura,
O coro é puro
No eco que gruta
As colunas em som.
Eu sou a eterna caverna,
Catedral do terreno,
Que me inferno
Em cores de cor
Como um mantra
Redesenhado
Mil e uma vezes
Por sobre as paredes
E nunca vislumbrado.
Eu sou a voz que adentra
E penetra em tinta
A glote esponjosa
E se aloja
Para o solo contemplo
Da escuridão.
Eu sou a carne
Que o tempo ditou
E dita em retorno
O tremer da imensidão.
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