Meu amo,
Não deixe que vá
A sombra do açoite
Ao berço do leite,
Não deixe que deite
Sangue na noite,
Não faz essa noite má.
Amo,
Meu amo,
Sou tua, deleite,
Sou ama do leite
Mas leite me dá.
Não mata o enfeite
De minha Iemanjá;
Não me defeite
Com amor de amo,
Eu não reclamo
Eu juro que amo
Escondida na noite
E depois saravá.
Amo,
Meu amo,
Sou ama do leite
Como derramo
Se em cicatriz
O meu seio inflamo?
Amo,
Meu amo,
Pensa no amor
Que aos teus pequeninos
Dedico em meu leite
E deixe-me estar
Depois da varanda,
Depois do escuro
Quando o sol vem lá.
Amo,
Meu amo,
Deixe no escuro
O nosso segredo
Mas não obscuro
O ar que se me dá.
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