sexta-feira, 8 de março de 2013

Revolução da ótica escutada

O periódico alegórico
Da minha mocidade está passado.
Alegre sub-ótico manchado
Desfoca na cidade,
Aloca um mêlée no meu Estado -
A sabinada dos meus olhos errados.
O meu refluxo auricular
Jorrando revertério na calçada
Pintando musicado no despótico
Prazer de fazer nada.
E cai minha visão desenganada
Suspira a audição sua última tragada
A cada rouquidão asfaltada
Na cidade deformada
Ao som do meu carnaval.
Eu sou esse canteiro colorido
De cores escapadas do contorno.
Eu sou o cinza claro do florido
Periférico fazer da minha mirada.

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